quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Esses dias um moço me parou na rua e me fez uma pergunta tão simples, que eu em meio a minha ignorância rotineira não soube lhe responder.
Disse ele: "moça, da vida o que a gente leva?" E eu, meio temerosa por esse "papo" inusitado no meio da calçada a noite não soube responder...ele deu uma risada e disse: "simples, a vida que se leva!".
Me senti tão pequena, tão egoísta, medíocre até posso dizer...para uma pergunta simples, uma resposta simples! E eu ali, com medo de ser assaltada, ou qualquer coisa do tipo...não era nada disso, o que ele queria? Tão simples quanto sua pergunta, me mostrar seu lindíssimo trabalho, uma arte, um dom! E eu ali com medo nem sabia do que, mas com medo...ridículo!
Agora paro e penso, será que é mesmo necessário nos sentirmos assim? Com medo de tudo e todos? Pensando em cada ato, calculando cada passo, direcionando cada palavra...pq não tentamos viver mais livremente, aquela coisa de fazer o que dá na "telha", sempre respeitando o outro, mas principalmente nos respeitando...nos deixar levar pelos sentimentos, viver nossos sonhos, acreditar na nossa vontade, ter desejos incompreensíveis, inexplicáveis e incontroláveis!
As vezes queria tanto ser como esse moço, e ter essa simplicidade capaz de emocionar!!!